Sport vacila e perde para o Coritiba na Arena Pernambuco
Derrota em casa diante do Coritiba reforça queda de
rendimento da equipe rubro-negra, frágil defensivamente; troca de treinador não
surtiu efeito e convicções de Guto são questionáveis
PauloPaiva/Sport |
Menos de um mês e apenas quatro jogos logo após de assumir a
equipe, o técnico Guto Ferreira ser e o principal alvo de críticas da torcida
do Sport. Duas derrotas seguidas, consequência de um futebol muito pobre,
pode-se dizer, desde já, que o impacto esperado pela direção com a troca de
comando técnico não surtiu efeito positivo. Pior: fez o sport regredir.
O revés em plena Arena de Pernambuco, diante do Coritiba,
pelo placar de 1 a 0, na última quinta-feira, reforçou a fragilidade do
sistema defensivo do Sport - situação já demonstrada na vitória sobre o Amazonas (3
a 2) e, em especial, na derrota anterior, diante do Vila Nova (2
a 0).
Da equipe combativa, de marcação alta, com o
"perde e pressiona" que rendeu boas partidas no auge com o técnico
Mariano Soso, restou, hoje, o "perde". A pressão para recuperar a
bola deixou de existir.
O sistema defensivo rubro-negro que já ia mal com o
treinador antecessor, agora parece ter ruído de vez com Guto Ferreira.
Negligente no meio de campo e com uma cabeça de área
exposta, o Leão fez um primeiro tempo classificado pelo treinador com um
adjetivo fidedigno a ponto de merecer ter sido repetido por duas vezes por ele:
"péssimo, péssimo". Não em vão.
A equipe rubro-negra não marcou gols nas duas últimas
partidas. E, pela primeira vez na temporada, vive uma sequência de sete jogos
consecutivos tendo a meta vazada.
No começo da primeira etapa, o time rubro-negro tentou impor
o seu jogo, porém o clube paranaense conseguia pressionar a saída de bola do e
dificultou a criação de jogadas do Leão. Com essa estratégia
reativa, o Coxa conseguiu chegar com mais perigo e ter mais
finalizações a gol. O Sport conseguiu igualar as ações nos
minutos finais, porém não conseguiu abrir o placar.
No segundo tempo, o técnico Guto Ferreira colocou Titi
Ortíz no lugar de Lenny Lobato e o Leão conseguiu
dominar os primeiros minutos. Porém, o Coritiba continuou na
sua tática e aos 15 minutos, em uma jogada de insistência, o time adversário
saiu na frente com o lateral Bruno de Melo.
Foi assim, por exemplo, que saiu o segundo gol do Vila
Nova, numa saída errada de Castán. Foi assim também, numa
tentativa frustrada de afastar a bola do mesmo Castán, que o Coritiba marcou
o gol da vitória.
Pelo combo, a torcida rubro-negra vaiou o capitão do time de
forma efusiva quando ele tocava na bola. A solução de Guto foi
a mesma encontrada quando Fábio Matheus entrou mal contra o Amazonas:
a substituição. Pouco adiantou.
Com lapsos de bom futebol ao longo do jogo contra o
Coritiba, o Sport pareceu quase sempre uma equipe fadada à derrota. Por vezes,
desinteressada.
Quando apresentado, há pouco menos de um mês, Guto afirmou
que se conseguisse fortalecer a defesa sem perder "a essência do ataque
" o Sport seria uma equipe muito "próxima
não do imbatível, mas muito competitivo e próximo do objetivo que é o
acesso"
Não resgatou a essência ofensiva de um elenco montado para
ser propositivo na temporada, nem tampouco ajustou a defesa.
Sem competitividade e com a sensação de estar num mar, à
deriva, o Leão vê, novamente, em xeque o acesso à Série A.
Com jogos atrasados e um elenco que já deu mostras de que é
possível oferecer mais, não é exagero afirmar que, embora haja um senso de
urgência obrigatório, ainda há tempo para reagir. Seja nas mãos de Guto ou da
direção.
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